A Noite Não Pára!* Noite Q'a Ta Pára!* The Night Doesn't Stop! * Die Nacht Hört Nicht Auf! * Noaptea Lucram Tot Timpul! *ночью не прекращается !* La Noche No Se Detiene! * Notte Non Si Ferma!*W Nocy Nie Zatrzymać

Páginas

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Cursos Noturnos 2015-16 na ESO - Inscrições EFA Abertas!

Apresente-se na Escola Secundária de Odivelas com o Certificado de Habilitações (+ cópia), Cartão de Identificação (+ cópia), 2 Fotos e Boletim de Vacinas com a do Tétano em dia (+ cópia), no CQEP-ESO, e INSCREVA-SE!!! JÁ!!!!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

ESONOITE & FRIENDS - Divulgar, Divulgar, Divulgar...


'bora lá ESONOITE & Friends fazer divulgação às Inscrições nos Cursos Noturnos da ESO 2015-2016!
Por email, afixando publicidade em estabelecimentos comerciais e instituições (devidamente autorizados), pelas redes sociais ou pessoalmente... 
Contamos convosco para encher as Salas da ESO, à Noite é claro!

sábado, 11 de julho de 2015

LER. Para quê? Porquê? Leia...pela sua Saúde!



LER faz-nos sentir bem, faz-nos crescer e interagir com o mundo que os rodeia.

Porquê?

Ao fomentarmos a Leitura e a Escrita, a pessoa, independentemente da idade, desenvolve uma série de competências fundamentais a qualquer cidadão atento e participativo. 

Porquê?
  • Uma boa leitura permite um entendimento de assuntos diferenciados. Como saberá conversar sobre determinado tema ou compreender aquela noticia da TV se não os compreende?
  • A leitura permite contactar com outras culturas, povos e regiões. Ao conhecê-los, lidamos melhor com quem é diferente de nós e não caímos em estereótipos e discriminações injustas e cruéis.
  • Lendo, refletimos e tornamo-nos criticos, ou seja, criamos uma ideia própria e madura sobre os factos, imune às manipulações. Quando conhecemos os vários lados da mesma história, refletimos e chegamos a um consenso, fundamental ao crescimento pessoal.
  • Através da leitura, falamos e escrevemos melhor. Sabemos o que aconteceu, o porquê dos factos e as origens do nosso idioma que falamos ou escrevemos, ou seja, comunicamos melhor com os outros.
  • Quem lê muito, reflete mais rápido. Adquire mais agilidade na leitura, ou seja, ao fazer uma leitura rápida ("na diagonal") já reconhece o temo abordado no texto, a opinião do escritor e a conclusão apresentada. Verdadeira "ginástica mental".
  • Quem lê, tem um repertório de vocábulos muito mais rico do que aquele que não lê.
  • Com mais conhecimento, maior reflexão e melhor vocabulário, a pessoa consegue desenvolver textos com maior destreza a facilidade. Quem lê, escreve melhor.
  • Ler é divertido e entusiasmante pois conhece lugares, gentes e experiências distantes da sua realidade ao viajar com a imaginação e a criatividade dos escritores.
  • Ler alimenta sonhos, promove mudanças e dá energia para viver a Vida, os bons e os maus momentos.
Sendo assim, LEIA no Verão, em tempo de férias ou nos intervalos do trabalho, nos transportes, à noitinha antes de adormecer.

Não se desculpe com a crise... Perto de si existem Bibliotecas municipais com livros ao domicilio (GRÁTIS), cafés com jornais de leitura livre, acções de leitura promovidas por Juntas de Freguesia ou Associações de Promoção de Leitura nos arredores: é só estar atento e usufruir desses serviços! 

Ou poderá iniciar uma Biblioteca de Amigos, na qual trocam livros que tenham lá em casa e promovam um serão numa esplanada fresquinha para trocarem impressões sobre o que leram...

Não se esqueça...
Ler não é só para os miúdos! 
É também para os GRAÚDOS e os SÉNIORES! 
LER dá SAÚDE!!!!

sábado, 4 de julho de 2015

Renovação de Matrículas Cursos EFA na ESO - 2015-16


"AVISO

Informam-se os Formandos dos Cursos EFA Básico e Secundário de Continuidade que deverão comparecer na Escola Secundária de Odivelas para procederem às Renovações de Matrículas / 2015-16:
  • Local: Sala de Convívio da ESO

  • Documentos a apresentar pelos Formandos: Documento de Identificação (CC, BI ou TResidência válidos) e fotocópia deste, caso tenha sofrido alteração, e Boletim de Vacinas com a Vacina do Tétano em dia e respetiva fotocópia

  • Datas/Horas:
  • Curso ESA A: dia 9 de Julho das 18h às 20h
  • Cursos ESA B e ESBA* : dia 9 de Julho das 20h às 21h
  • Cursos EB2B3 e B3 e Curso FM A* (tipo C e Dl.357/2007): dia 15 de Julho das 19h às 21h

  • Valor a pagar na Secretaria: 11,05€
As Renovações serão realizadas com os Mediadores dos Cursos, com o apoio da Equipa de Inscrições/Matrículas de Cursos EFA's 2015-16. A Secretaria estará a funcionar nesse horário para realizar os pagamentos.

*Estes Formandos preenchem Ficha de Inscrição."

Publica-se Aviso da Equipa de Inscrições/Matrículas de Cursos EFA's 2015-16




quinta-feira, 25 de junho de 2015

Sessão sobre Mercado de Trabalho - últimas inscrições HOJE

Divulga-se a pedido da Autora:

"Exmos./as Sr/as,
Questão de Igualdade – Associação para a Inovação Social, com o apoio do Gabinete de Saúde, Igualdade e Cidadania da Câmara Municipal de Odivelas, encontra-se a desenvolver o projeto SIM – Sensibilizar, Integrar e Mobilizar co-financiado pelo FEINPT - Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros e gerido pelo ACM – Alto Comissariado para as Migrações, o qual visa a dinamização de um conjunto de iniciativas, que pelo seu caráter de complementaridade, favorecem e promovem a integração de nacionais de países terceiros na sociedade de acolhimento.
Uma das atividades previstas pelo projeto SIM – Sensibilizar, Integrar e Mobilizar, é uma Sessão de Sensibilização "Mercado de Trabalho: Promoção da Integração da População Imigrante, com o objetivo de sensibilizar para as questões da interculturalidade e desconstruir preconceitos que possam de algum modo criar entraves à contratação de Nacionais de Países Terceiros.
Neste sentido, vimos por este meio convidar a Vossa entidade a estar representada nesta Sessão de Sensibilização que se irá realizar no próximo dia 26 de Junho de 2015das 10h00 às 17h00, no Centro de Exposições de Odivelas sito na Rua Fernão Lopes (Junto aos Paços do Concelho - Quinta da Memória), Odivelas.
Segue em anexo a ficha de inscrição que, em caso de interesse, nos deverão remeter até 25 de junho, paraformacao@questaodeigualdade.pt.

Mesmo que a vossa entidade não possa estar representada, agradeço que divulguem junto dos vossos contactos.


Agradecendo desde já a Vossa melhor atenção a Sessão  que nos propomos a desenvolver, encontramo-nos ao dispor para qualquer esclarecimento.

Com elevada estima e consideração,

Manuela Henriques
Coordenadora do Gabinete de Saúde, Igualdade e Cidadania da C. M. de Odivelas
Coordenadora do Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes (CLAII) de Odivelas"

Videos, Feira FEE & Mostra Cultural na ESO - 2






















Obrigada a Vera Vieira (aluna do Curso EFA NS ESA B) pelos vídeos.



domingo, 21 de junho de 2015

Reportagem Fotográfica, Feira FEE & Mostra Cultural na ESO - 1



Obrigada a Vera Vieira (Aluna do Curso EFA NS ESA B) pelas Fotos.

Mostra Gastronómica na Mostra Cultural na ESO




Obrigada a Vera Vieira (Aluna do Curso EFA NS ESA B) pelas Fotos.

Atuação de Arrufarte (Portugal) na Mostra Cultural na ESO





Obrigada a Vera Vieira (Aluna do Curso EFA NS Curso ESA B) pelas Fotos.

Atuação do Rancho "Os Camponeses de Odivelas" (Portugal) na ESO




Obrigada a Vera Vieira (aluna do Curso EFA NS ESA B) pelas Fotos.

Atuação de ABADÁ, Capoeira (Brasil) na Mostra Cultural na ESO



Obrigada a Vera Vieira (Aluna do Curso EFA NS ESA B) pelas Fotos.

Atuação de Embarca (Dança AfroHouse) na Mostra Cultural na ESO



Obrigada a Vera Vieira (Aluna do Curso EFA NS ESA B) pelas Fotos.

Atuação de Aysel Dance (Oriente) na Mostra Cultural na ESO



Obrigada a Vera Vieira (Aluna do Curso EFA NS ESA B) pelas Fotos.

Atuação de Arlindo Barreto & Paula Santana, Morna (Cabo Verde) na Mostra Cultural na ESO




Obrigada a Vera Vieira (Aluna do Curso EFA NS ESA B) pelas Fotos.

Atuação de Júnior Natureza (Brasil) na Mostra Cultural na ESO



Obrigada a Vera Vieira (Aluna do Curso EFA NS ESA B) pelas Fotos.

Atuação de ANARBA (Guiné-Bissau) na Mostra Cultural na ESO



Obrigada a Vera Vieira (Aluna do Curso EFA NS ESA B) pelas Fotos.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Feira de Formação, Emprego e Empreendedorismo 16Jun2015, na ESO - UM SUCESSO!




Obrigada a Vera Vieira (Aluna do Curso EFA NS ESAB) pelas Fotos.

Aqui se publica um Agradecimento das autoras abaixo assinaladas:

"Agradecemos a TODOS, e, a cada um em particular, pela presença na Feira de Formação, Emprego e Empreendedorismo & Mostra Cultural, realizada na passada terça-feira, na Escola Secundária de Odivelas tal como a TODOS os que colaboraram nos preparativos (a véspera e a semana anterior) e na realização do próprio Evento (de manhã à noite): 
direção do Agrupamento
- professores do Agrupamento;
- assistentes operacionais e cozinheiras da Escola Secundária de Odivelas;
- técnicos de diversos serviços da Escola Secundária de Odivelas;
- ex-professores da Escola Secundária de Odivelas e 
- alunos da Escola Secundária de Odivelas, nomeadamente os alunos dos Cursos Noturnos e respetivos familiares e amigos.

Graças ao apoio e colaboração de todos foi possível realizar uma Feira de Formação, Emprego e Empreendedorismo com mais de 30 expositores (c.17 empresas de Ofertas de Formação, c.12 empresas de Ofertas de Emprego e 5 empresas de apoio ao Empreendedorismo) e uma Mostra Cultural com a presença de Expositores de diversas Associações Culturais e Artísticas, com  grupos de dança, cantares e música de cariz intercultural que animaram o evento com apresentações em palco e uma Mostra Gastronómica, cheia de sabores representativos das 21 nacionalidades que existem na população escolar dos Cursos Noturnos (representativa do Agrupamento). Mais de 500 visitantes (nacionais e estrangeiros).

Os visitantes (agentes educativos do agrupamento e comunidade envolvente; representantes do Alto Comissariado para as Migrações, da Câmara Municipal de Odivelas e da Junta de Freguesia de Odivelas, entre outros) enriqueceram o Evento com alegria, boa disposição, satisfação e interesse por uma Feira & Mostra, que obedeceu aos propósitos de aliar a Formação-Emprego-Empreendedorismo à Interculturalidade da Comunidade local, potenciadores per si de uma cidadania mais participada e inclusa.

Uma palavra especial de carinho aos Alunos dos Cursos Noturnos que construíram trabalhos escolares específicos para o Evento (ESBA e ESA B), colaborando igualmente nos preparativos (FM A, ESA A, ESA B, ESBA, EB2B3, B3) e no Evento tal como aos Alunos dos Cursos Profissionais que contribuíram com uma exibição de trabalhos/competências representativos do saber fazer desses Cursos. O trabalho dos Professores da Escola Secundária e da Psicóloga Margarida Rodrigues foram, também, determinantes para a divulgação da Oferta Escolar do Agrupamento. A colaboração das operacionais do Turno da Noite e a presença plena do senhor Saraiva, no som, foram essenciais ao ambiente salutar e profissional que se criou.

A união de esforços dos vários agentes educativos, em estreita interação com a Associação Questão de Igualdade / Projeto SIM - Drª Ana Paixão e sua equipa e com a Câmara Municipal de Odivelas/GSIC - Arquiteta Manuela Henriques e sua equipa (parceira à semelhança do Agrupamento de Escolas Nº4 de Odivelas), possibilitaram o Sucesso desta iniciativa.

Agradecemos de igual modo à colega Graça Moura, Assessora dos Cursos Noturnos, pelo apoio dado desde o primeiro minuto, disponibilizando recursos humanos, físicos e temporais, sem os quais não seria possível realizar esta Ação.

Perdoem-nos se nos esquecermos de referir alguém.

Isabel Pestana Marques & Emília Soares"



domingo, 14 de junho de 2015

À Descoberta de Évora Monte e de Estremoz, dignos representantes do nosso Alentejo!



A 13 de Junho de 2015, 86 participantes, acompanhados pelas Professoras Ana Ferraz, Helena Bayan, Isabel Marques (elementos do Proj. A Noite Não Pára!) e Emília Soares realizaram uma Visita de Estudo a Évora Monte e a Estremoz, lugar do último suspiro da Rainha Santa D. Isabel.
Transportados por dois autocarros da Câmara Municipal de Odivelas (no âmbito do protocolo ESO-CMO), alunos (Cursos EFA  Básico EB2EB3 e B3; Cursos EFA Secundário ESA A, ESA B e ESBA; Cursos de Português para Todos) e professoras ainda foram acompanhados por ex-alunos e familiares de alunos atuais dos Cursos Noturnos numa Visita de Estudo que reuniu homens (49) e mulheres (41) de diferentes nacionalidades (Angola, Brasil, Cabo Verde, Congo, Guiné-Bissau, Índia, Lituânia, Mali, Paquistão, Portugal, Roménia, Senegal e Ucrânia) de diferentes idades e religiões (Católica, Evangélica, Jeová, Muçulmana, Ortodoxa e Sikh).
Um salutar convívio intergeracional onde as diferentes línguas coloriram e aqueceram um dia, surpreendentemente, acinzentado, frio e chuvoso com ligeiras abertas de sol (só ao final da tarde) - tão diferente dos dias quentes e solarengos do Alentejo, desconhecido para a maioria dos participantes.
Uma manhã de descoberta da paisagem alentejana ( os famosos sobreiros e oliveiras) e do imponente Castelo de Évora Monte.
Aí a paisagem circundante e as memórias históricas do espaço emocionaram os participantes. Lugar de encontros de mouros e cristãos durante a Reconquista, de reconstruções de defesa no qual o Rei D. Dinis foi protagonista, palco de heróis da nacionalidade como Nuno Álvares Pereira e Vasco da Gama, memórias de conflitos luso-napoleónicos e liberais que derivaram na assinatura da PAZ entre os dois irmãos desavindos, Pedro e Miguel, das lutas liberais com a Assinatura da Convenção de Évora Monte...
As pedras seculares inspiraram a subida pedreste que entusiasmou toda a gente...
O almoço intercultural fez-se já no Jardim Municipal de Estremoz, reunindo sabores, experiências e boa disposição. A intensa chuva e o frio que se sentiu no final do almoço não arrefeceu os ânimos nem desmotivou ninguém para a aventura de descoberta a realizar em Estremoz, durante a tarde!
Após o almoço passeou-se pelo centro histórico, visitando o Lago da Gadanha, o Rossio e o lindíssimo Pelourinho manuelino rumo à Alcaçova do Castelo de Estremoz. 
Atravessando as muralhas de 1ª linha, encontraram-se ruas estreitas recheadas de recantos memoráveis. Aí se evocou o povo de Estremoz que em tempo idos se pôs do lado do Mestre de Avis, contra o candidato castelhano ao trono português, na crise de 1383-85, denotando já as raízes identitárias populares da soberania portuguesa secular.
Chegados ao Largo de D. Dinis, impôs-se uma saudação à estátua da Rainha Santa D. Isabel pela sua intervenção de apaziguamento de guerras luso-castelhanas, no lugar de Estremoz, e por nos encontrarmos no Paço Real onde viveu alguns tempos e onde acabou por falecer.
Impunha-se, então, visitar a Igreja de Santa Maria e a Capela da Rainha Santa. Lamentavelmente não foi possível realizar essas visitas agendadas pois a Guia e responsável pela abertura desses dois espaços à Escola em Visita não honrou esse compromisso...
Restou-nos a visita à Torre de Menagem, via Pousada Rainha Santa Isabel (gentilmente autorizada). E que visita...Subida íngreme, escura e por conseguinte difícil. Os mais corajosos foram recompensados com a experiência original!
Finalmente, o Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte recebeu a Escola a meio da tarde. E que recepção!
Aí a Guia Lídia Carona (Museu Municipal de Estremoz), com grande profissionalismo, gentileza e amabilidade, dividiu a Escola em dois grandes grupos e deu a conhecer o Palácio e a sua história, a mestria da coleção de madeira do artífice Manuel Maria Miranda e a beleza popular dos bonecos de Estremoz (representantes da arte das boniqueiras). Aí foram esclarecidas todas as dúvidas, aí os cinco sentidos despertaram para as coleções visitadas, aí se conheceu o "ser alentejano em Estremoz"...O desafio da Guia em regressar para uma workshop de bonecos de Estremoz calou fundo aos alunos que imediatamente pediram às professoras para providenciar essa aventura - a ver vamos...
Por fim, uma voltinha à doçaria e ao artesanato locais.
De regresso à Escola Secundária de Odivelas (19h30), o grau de satisfação de todos os participantes era elevadíssimo, agradecendo a disponibilidade dos autocarros camarários e a organização da visita de estudo pelo Proj. A Noite Não Pára!  - Mais uma visita de (re)descoberta da História, de (re)encontro de culturas e de construção de experiências memoráveis, potenciadores per si de mais e novas aprendizagens ao longo da vida, com a ESO, é claro!
Agradece-se a todos aqueles que contribuíram para o sucesso de mais um momento pedagógico e de vivência civica de inclusão social, nomeadamente à Arquiteta Manuela Henriques, Coordenadora do Gabinete de Saúde, Igualdade e Cidadania da Câmara Municipal de Odivelas e ao Director do Museu Municipal de Estremoz, Dr. Hugo Guerreiro, que muito fez para satisfazer aos pedidos de Guia à Visita, ultrapassando obstáculos e proporcionando uma excelente Visita ao Palácio dos Marqueses (representativa de Estremoz) e um bom acompanhamento à construção do percurso da Visita.

Obrigada a Manuel Costa (Aluno do Curso EFA NS de Dupla Certificação ESRHA) e a Vera Vieira (Aluna do Curso EFA NS ESA B) pelas Fotos.

terça-feira, 26 de maio de 2015

domingo, 3 de maio de 2015

Feliz Dia da Mãe!

Dia da Mãe é uma data comemorativa que emPortugal se celebra no primeiro domingo do mês de maio.
Em Portugal, o Dia da Mãe chegou a ser celebrado a 8 de dezembro, mas passou a ser celebrado no 1º domingo de maio, em homenagem à Virgem Maria, mãe de Cristo. 
A data é uma homenagem a todas as mães e serve para reforçar e demonstrar o amor dos filhos pelas suas mães.
No Dia da Mãe, os filhos costumam oferecer presentes às suas mães e preparam surpresas para estas, de forma a mostrarem o quanto gostam delas e para agradecer todo o empenho e dedicação destas.

Origem do Dia da Mãe

Grécia Antiga
Remonta às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses. Em Roma, as festas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimónias em sua homenagem começaram por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.
Século XVII - Inglaterra
Celebrava-se no 4º Domingo de Quaresma um dia chamado “Domingo da Mãe”, que homenageava todas as mães inglesas.
Estados Unidos
Em 1904, quando Anna Jarvis, perdeu a sua mãe ficou muito triste. As suas amigas decidiram organizar uma festa em memória à sua mãe e Anna quis que a festa fosse festejada para todas as mães, vivas ou mortas. Em 1914, a data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson e passou e ser celebrada no primeiro domingo de Maio.
Fonte: http://www.calendarr.com

sábado, 25 de abril de 2015

Torres Novas - visita de estudo de sucesso!





 




No dia 25 de Abril de 2015, por volta das 9 da manhã, sem chuva e com muita alegria e boa disposição, partiram dois autocarros, cedidos generosamente pela Câmara Municipal de Odivelas, da Escola Secundária de Odivelas em direcção rumo a Torres Novas, cidade doada à Rainha D. Isabel.
90 participantes  (alunos dos Cursos Noturnos - Português para Todos, EFA  Básico Escolar de 2º e 3º ciclo, EFA Secundário Escolar e EFA Secundário de Dupla Certificação Rececionista de Hotel : PPT, EB2EB3, ESA B, ESAB A, ESRH A e familiares), acompanhados por 4 professoras (Ana Simas, Emília Soares, Helena Bayan e Isabel Marques), e por três alunos estagiários do Curso ESRHA (Silvia Gomes, Valéria Massingarela e Carlos Azevedo) participaram nessa Visita de Estudo a Torres Novas, organizada pelo Projeto A Noite Não Pára! e realizada no âmbito da parceria ESO-CMO.
Chegados a Torres Novas, visitou-se a Villa Cardilio (ruinas romanas) a 3km da cidade. 
Aí fomos muito bem recebidos e guiados pelo serviço educativo do Museu Municipal de Torres Novas que fez o favor de nos receber num feriado! 
Lá todos puderam apreciar o espólio arqueológico romano que aí se encontra, sempre bem contextualizado e explicitado pelos guias. Foi um regresso ao passado e uma emoção encontrarmos construções milenares com um grau civilizacional ímpar como a romana. Um espaço cheio de História e com muitas histórias por contar, merecedor de divulgação e de preservação (urgente) ... a bem da Cultura e da Identidade local, nacional e europeia!
O almoço fez-se no bonito Jardim das Rosas, na margem do rio Almonda. E que almoço! Mais uma vez um piquenique cheio de sabores, cheiros e cores de cariz intercultural no qual o convívio salutar e a partilha solidária acontecem em animadas experiências gastronómicas.
À Tarde, descobrimos e maravilhámo-nos com a Igreja da Santa Casa da Misericórdia, gentilmente aberta para nos receber A magnificiência da Igreja barroca e a qualidade de conservação enche de orgulho a cultura portuguesa e europeia e é excelente exemplo da intervenção de particulares no processo de preservação de património material de grande significado artístico.
Em seguida, rumámos ao Castelo de Torres Novas.
Logo deparámo-nos com a escultura do Rei D. Sancho I , do Mestre Cutileiro, que nos inspirou para o "assalto" ao Castelo, palco de encontro de povos em diferentes épocas (mouros, cristãos, judeus, moçárabes no processo de construção da nacionalidade;  portugueses e castelhanos durante a monarquia portuguesa; portugueses, ingleses e franceses durante as invasões francesas; etç) e em momentos por vezes bem difíceis (batalhas, saques e pilhagens) e outros bem mais felizes (cortes régias e festas comemorativas de casamentos reais). 
Enfim, um espaço cheio de História e até de lendas (Gil Paes por exemplo) que colocam Torres Novas na História de um país em contexto europeu, aberto aos povos, culturas e artes. Merecedor da intervenção municipal que transformou este lugar no ex-libris da Cidade!
Por fim, passeámos pela bonita Praça 5 de Outubro, palco nesse dia das celebrações do 25 de Abril. A esse propósito, logo se explicou a importância dessa comemoração e o significado da Liberdade. Não faltaram a troca de testemunhos entre os participantes da Visita de Estudo.
Terminada a visita que consegui "fintar" a chuva, importava regressar a Odivelas nos autocarros municipais, devidamente conduzidos pelos motoristas António Carvalho (igualmente aluno ESONOITE) e Paulo?. A amabilidade e o profissionalismo dos condutores fez a diferença!  
Findava uma viagem ao Passado de uma região que nos identifica e que importa divulgar e preservar, enquanto palco de encontro de povos e de culturas que aprenderam ao longo do tempo a partilhar experiências e a desenvolver convívios de paz e de inclusão! Afinal, objectivos preconizados pelo Projeto A Noite Não Pára! 
Experiências de aprendizagens que enriqueceram TODOS os participantes (44 homens e 46 mulheres) que reuniram diversas nacionalidades (Portugal, Paquistão, Índia, Ucrânia, Venezuela, Lituânia, Cabo Verde, Guiné Bissau, Angola, Brasil e Moçambique ), religiões (católica, ortodoxa, muçulmana, sikh e geová) e  idades (dos 3 aos 65) numa experiência memorável, com impactos significativos a médio e longo prazo!
A este propósito, o Projecto A Noite Não Pára! agradece a todos os que colaboraram para o sucesso desta Visita, nomeadamente ao Museu Municipal de Torres Novas, à Santa Casa da Misericórdia, aos Serviços de Turismo de Torres Novas e, em especial, à Arquiteta Manuela Henriques da Câmara Municipal de Odivelas por disponibilizar o transporte municipal.
 
Obrigada a Isabel Marques (Proj. A Noite Não Pára!) pelas Fotos.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

terça-feira, 14 de abril de 2015

MOPE I - Exposição a não perder!



Quem deseja conhecer as Ofertas Profissionais e Educativas de Odivelas não pode perder a Exposição de 16, 17 e 18 de Abril de 2015, no Pavilhão Multiusos de Odivelas (de quinta a sábado)!
Para pequenos, graúdos e adultos...

quinta-feira, 19 de março de 2015

Feliz Dia do Pai!


"O Dia do Pai em Portugal é comemorado no dia 19 de março. Celebra-se no dia de São José, santo popular da igreja católica (marido de Maria, mãe de Jesus Cristo).
A celebração da data varia de país para país. Além de Portugal, também celebram o Dia do Pai no dia 19 de março países como a Espanha, a Itália, Andorra, Bolívia, Honduras e Liechstenstein.

Origem do Dia do Pai

Existem duas histórias sobre a origem do Dia do Pai:
1. A instauração do Dia do Pai teve origem nos Estados Unidos da América, em 1909. Sonora Luise, filha de um militar resolveu criar o Dia dos Pais motivada pela admiração que sentia pelo seu pai, William Jackson Smart. A festa foi ficando conhecida em todo o país e em 1972, o presidente americano Richard Nixon oficializou o Dia dos Pais.
2. Na Babilónia, em 2000 A.C. um jovem rapaz de nome Elmesu escreveu numa placa de argila uma mensagem para o seu pai, desejando saúde, felicidade e muitos anos de vida ao seu pai" Fonte: http://www.calendarr.com/portugal/dia-do-pai/


Palestra "Trabalho: Condições & Direitos" - 20Março, 19h, Refeitório da ESO


Informa-te! Esclarece dúvidas! Não faltes!

terça-feira, 17 de março de 2015

Açúcar sem moderação...mata!


A Organização Mundial de Saúde recomenda que a ingestão diária de açúcar não  ultrapasse os 50g. Uma tarefa quase impossível quando descobrimos a verdadeira quantidade de açúcar de cada alimento.Tem a certeza de que sabe quanto açúcar ingere?
Consulte: http://www.noticiasaominuto.com/mundo/361474/tem-a-certeza-de-que-sabe-quanto-acucar-ingere

segunda-feira, 16 de março de 2015

17 de Março - Feliz Dia de S. Patrício, patrono da Irlanda!


Lisboa associa-se à comemoração do Dia de S. Patrício, patrono da Irlanda, revestindo-se de VERDE!
Verde luminoso a festejar, igualmente, a chegada da Primavera que tanto ambicionamos...
Esteja atento, entre 16 e 18 de Março...
O nosso blogue já está verdinho e recheado de trevos de 4 folhas para desejar SORTE a todos os nossos visitantes!
Vista-se de VERDE também...

sexta-feira, 13 de março de 2015

Cancelamento da Visita de Estudo a Belém!


É com profundo pesar que o Proj. A Noite Não Pára! informa que a Visita de Estudo da Escola Secundária de Odivelas ao Mosteiro dos Jerónimos e à Torre de Belém, a 14 de Março de 2015, foi cancelada por não se reunirem as condições básicas para a realizar.
Lamentamos informar na véspera da data da Visita mas apesar de todos os esforços das Professoras Organizadoras e do interesse e empenho dos Alunos participantes, não foi possível reunir as condições de realização.
Sendo assim, agradecemos a disponibilidade dos dois autocarros da CMO que afinal já não serão utilizados no dia 14 de Março tal como aos Serviços Educativos do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém que prontamente se disponibilizaram para nos receber..
Esperemos que este contratempo não prejudique a parceria dinâmica e frutuosa existente entre a Escola Secundária de Odivelas e a Câmara Municipal de Odivelas nem questione a relação dinâmica existente entre a comunidade escolar noturna e o Projecto A Noite Não Pára!
Apesar das adversidades, todos podem contar com a determinação e empenho do Projecto para manter a ESONOITE activa, una e dinâmica, verdadeira referência na Comunidade Educativa envolvente.

domingo, 8 de março de 2015

Mulheres do Mundo, Bom Dia!

Comemore-se!
Recorde-se o que ainda está mal e valorize-se o que se conquistou!
Viva-se o dia em pleno!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Sismologia nas aulas de TIC - Desafio bem sucedido!


Durante o mês de Fevereiro, nas aulas de TIC dos Cursos B2B3 e B3, os formandos pesquisaram na Internet e elaboraram trabalhos em Word (imagem e texto) e em Powerpoint, com grande entusiasmo e empenho, sobre o fenómeno de sismologia e o respectivo impacto na vida humana. 

Desafio Digital "A Noite treme mas não Pára!" bem sucedido! 
Parabéns aos Alunos e à Professora Ana Ferraz!



quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Sismologia nas aulas de Cidadania e Profissionalidade - Desafio bem sucedido!



Partilha-se Video de Cuidados de Prevenção para as Consequências de um Sismo com o intuito de prevenir e incentivar boas práticas de cidadania activa (CP - ESA A, ESA B, ESB A)

Desafio Digital "A Noite treme mas não Pára!" bem sucedido! 
Parabéns aos Alunos e à Professora Isabel Marques!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Sismologia nas aulas de Cultura, Língua, Comunicação - Desafio bem sucedido!


Partilha-se Video de Cuidados a Adoptar em caso de Sismo com o intuito de divulgar, numa linguagem simples, rigorosa e apelativa, esta temática para TODOS os Públicos etários e sociais (CLC - ESC A)

Desafio Digital "A Noite treme mas não Pára!" bem sucedido! 
Parabéns aos Alunos e à Professora Isabel Marques!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Vamos (re)descobrir Belém - património mundial da humanidade


Inscreva-se com a Professora Helena Bayan ou com a Professora Isabel Marques!

I.R.S., o que é? Como preencher? Quando? - Palestra de esclarecimento


A Sismologia nas aulas de Matemática para a Vida - Desafio bem sucedido!



"A turma EBB3A ( EFA Básico B3) da Escola Secundária de Odivelas colaborou no desafio de saber e saber fazer algo mais profundo e científico sobre sismos.
Aderiram com imenso empenho à realização de uma atividade de sismologia com a formadora Helena Silvestre, em Matemática para a Vida, onde a Matemática esteve presente em cálculos, análise de sismogramas, escalas e na descoberta do epicentro de um sismo com base numa construção geométrica.

Isto é Matemática!" Professora Helena Silvestre (Proj. A Noite Não Pára!)

Desafio Digital "A Noite treme mas não Pára!" bem sucedido! 
Parabéns aos Alunos e à Professora!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

15 grandes questões sobre os sismos - Diário de Notícias informa para prevenir


1.Qual é o risco sísmico do território português?

Portugal continental está numa zona de risco sísmico moderado. A localização perto da fronteira entre as placas euroasiática e africana e a existência de um conjunto de falhas activas junto à costa e mesmo no território fazem com que o País tenha "uma actividade sísmica moderada, pautada por eventos de grande intensidade, mas muito separados no tempo", explica o geofísico José Borges, do Centro Geofísico de Évora. "No contexto mundial, há zonas muito piores, nomeadamente no Pacífico. No contexto europeu, Itália e Grécia estão numa situação mais complicada, mas logo a seguir aparecem Portugal e Espanha", acrescenta. Ou seja, a zona do Mediterrâneo, afectada pela convergência entre as placas europeia e africana. Os Açores, perto da Crista Média Atlântica, uma cordilheira submarina que divide e atravessa o oceano no sentido sul/norte, estão também numa zona complicada. Mas no Continente o risco não é o mesmo em todo o território: diminui de sul para norte - Algarve, Alentejo, Lisboa e região oeste são as zonas com mais risco, enquanto o Norte tem estado a salvo dos eventos mais destrutivos. Isto porque estes geralmente têm origem a sudoeste do cabo de São Vicente.

2. Quais foram os últimos grandes sismos em Portugal?

O DN está ligado à história de um sismo em Portugal, o de Benavente, em 1909, cuja intensidade provocou uma onda de emoção no País. Este jornal integrou a onda de solidariedade que permitiu a reconstrução da vila ribatejana. 
O sismo de Benavente (de que se pode ver a imagem em baixo) matou 60 pessoas e destruiu praticamente todas as casas da povoação. Apesar da devastação, está muito longe de ser o pior sismo que atingiu o território português, que foi regularmente palco de grandes eventos. A história recorda sobretudo o grande terramoto de 1755, que destruiu a capital portuguesa; primeiro, pelos abalos; depois, pelo fogo e ainda por um terrível tsunami. Não há números precisos sobre as vítimas mortais, mas alguns cálculos mencionam entre 30 mil e 80 mil. Pelo menos um sexto da população da cidade terá perecido.

Lisboa sofreu grandes estragos também em 1356 e em 1531, dois sismos de que há relatos da época. No caso do século XVI, existem referências a grandes estragos e há estimativas de que a cidade pode ter perdido 2% da sua população da época. Há numerosos sismos que produziram referências escritas, mas cuja natureza ou epicentro não podem ser estabelecidos. Entre outros, os de 1017, 1344, 1748, 63. Muitos portugueses deverão recordar-se do sismo de 1969, que causou o pânico na capital portuguesa, sem provocar estragos.

Nos Açores, a actividade sísmica é igualmente intensa, com vários eventos importantes nos últimos cem anos: 1926 (Horta), 1964 (São Jorge), 1980 (Terceira) e 1998 (Faial). O da Terceira matou 71 pessoas.

3.Onde nascem os sismos que atingem Portugal?

Os sismos sentidos no território português estão ligados a falhas geológicas bem conhecidas. Há três famílias principais de sismos em Portugal: os que estão ligados à falha de São Vicente, que fica na região do oceano Atlântico do Banco de Gorringe; os açorianos; e os do estuário do Tejo, ligados à falha do Vale Inferior do Tejo. Estas três zonas sísmicas são diferentes, mas os efeitos podem ser igualmente devastadores. Os geólogos estão convencidos de que o grande terramoto de 1755, que destruiu a Lisboa barroca, foi provocado pela actividade da falha de São Vicente, sendo esta a mesma responsável pelo sismo da madrugada de ontem. O episódio de Benavente de 1909 está ligado à falha do Vale Inferior do Tejo, por sua vez a principal suspeita dos sismos que atingiram Lisboa em 1858, 1531 e 1344. Há testemunhos de grandes estragos materiais e humanos sobretudo nos dois mais antigos, mas os efeitos foram limitados à capital e arredores. Os sismos açorianos têm grande violência e são frequentes, mas o sistema que os provoca é diferente, tendo a ver com a intersecção entre as placas tectónicas Eurasiática e da América do Norte. Para o conjunto do País, parece ser mais perigosa a actividade da falha de São Vicente. Além da catástrofe de 1755, esta zona parece ter sido responsável por sismos pouco intensos, como o de 1969, mas também por eventos que deixaram marcas de tsunamis, como o que ocorreu no ano 63. O Algarve é vulnerável. Há outras regiões sísmicas menos activas, como Moncorvo e o Vale do Sado.

4. Quais são os riscos de tsunami no nosso país?

Portugal é um país em risco de ser atingido por um tsunami, ou onda gigante produzida pela deslocação de vastas quantidades de terra no fundo oceânico. Há registos de pelo menos dois de grande intensidade, ligados aos terramotos de 1755 e de 63 d.C., que causaram profundos danos, o primeiro matando dezenas de milhares de pessoas. A zona em maior risco de tsunami é o Algarve, mas também a região do estuário do Tejo está sob ameaça. O caso toma maior relevância devido à concentração populacional que agora existe nesta região ameaçada.

Na catástrofe de 1755, calcula-se que a maior parte das vítimas terá sido causada pela onda gigante, que chegou ao actual Rossio. Os relatos dos sobreviventes são claros, mencionando o recuo das águas do rio Tejo, a ponto de serem visíveis restos de naufrágios no lodo do fundo. De repente, surgiu a onda, que se abateu sobre a multidão que procurara refugiar-se junto à água.
Este episódio é bem conhecido da ciência, mas tem apenas relatos de sobreviventes, que fazem lembrar as imagens recolhidas quando a onda do sismo de Samatra, de 2004, atingiu a cidade de Banda Aceh.

A onda que matou em Lisboa teria dez metros de altura e o tsunami atingiu outros pontos do Atlântico, incluindo Algarve, Canárias, Açores e até Caraíbas. Os relatos do sismo de 1531 também apontam para a ocorrência de uma onda, embora de menor dimensão, mas o suficiente para afundar navios no rio.

Sob Portugal paira um perigo ainda mais mortífero, embora teórico e sem precedentes históricos. Alguns geólogos afirmam que uma das vertentes da ilha de La Palma, nas Canárias, poderá (num futuro remoto) entrar em colapso e tombar no oceano. Isto, a acontecer, provocaria um gigantesco maremoto de 100 metros de altura. A teoria é controversa, contestada por outros geólogos. A acontecer, seria num prazo de milhares de anos.

5. O que são as placas tectónicas e como se movem?

A ideia de tectónica de placas surgiu da genial intuição do geólogo alemão Alfred Wegener (1880-1930), que em 1915 publicou um livro de grande influência onde desenvolvia o princípio da deriva dos continentes. A teoria levou décadas a ser aceite, mas permite explicar as actividades sísmicas e vulcânicas do planeta. Num resumo muito simplificado, a Terra tem sete placas principais, que cobrem a crosta terrestre e que se movimentam sobre uma zona  pastosa e aquecida do manto, cujos movimentos internos produzem as deslocações visíveis à superfície.

A dinâmica deste sistema é extremamente lenta e muito complexa. Há zonas onde se forma nova crosta terrestre e outras áreas onde as rochas existentes se afundam no manto. Tudo depende da densidade dos materiais e dos movimentos internos do planeta. Muita actividade sísmica e vulcânica é também explicada pela existência de placas secundárias e terciárias, respectivamente sete de dimensão média e 61 mais pequenas. Todas colidem entre si.

No caso do território continental português, o aspecto mais importante para explicar a actividade sísmica tem a ver com o choque entre a placa eurasiática e a africana. A zona de colisão entre as duas passa pelo estreito de Gibraltar e ao largo do Algarve. Muitas das tensões provocadas pelo choque ocorrem no Oceano Atlântico, sobretudo numa zona chamada Banco de Gorringe, a oeste do estreito de Gibraltar. A falha estende-se até aos Açores, arquipélago que é também afectado pela proximidade da placa norte-americana, que se afasta da euroasiática, formando a chamada dorsal meso-atlântica. As placas tectónicas terão espessura média de cem quilómetros e movem-se a velocidades pequenas, diferentes entre si. A placa africana, por exemplo, está a mover-se há 100 milhões de anos para norte, a uma velocidade que se calcula ser de 2,15 centímetros por ano.

A Península Ibérica é ela própria uma placa terciária, como no romance de José Saramago A Jangada de Pedra. 

6. Porque é que a crosta terrestre está em constante movimento?

O interior da Terra é dividido em várias camadas. À superfície, mais espessa sobre os continentes que sobre os oceanos, encontramos a crosta terrestre. Sob a crosta, até uma profundidade de 2890 quilómetros surge o manto. Abaixo do manto, o interior do planeta divide-se, por sua vez, no Núcleo Externo (entre os 2980 e os 5150 quilómetros de profundidade) e o Núcleo Interno (com um raio de aproximadamente 1220 quilómetros). A crosta terrestre não é uma camada contínua, apresentando-se antes dividida em fragmentos que se designam por placas tectónicas, que se movem entre si e sobre uma zona viscosa no manto superior. São as correntes térmicas que ocorrem no manto, gerando aquilo que se designa como correntes de convecção, as grandes responsáveis pelas forças que agem sobre a litosfera, movendo as placas à superfície do planeta. Ou seja, a razão pelas quais a crosta terrestre está em constante movimentação encontram-se no interior da Terra, as massas frias ascendendo e as mais quentes mergulhando.

7. Onde foram os últimos grandes sismos no mundo?

O abalo sísmico mais mortífero de sempre ocorreu em 1556, em Shanxi, na China. Segundo relatos da época, terá provocado a morte a mais de 800 mil pessoas, embora tivesse magnitude estimada inferior a 8,0 na escala de Richter, que é logarítmica e mede a energia libertada. Para se perceber o que significa o aumento dos valores, refira-se que a magnitude 4,0 é equivalente a uma bomba atómica de Hiroxima; a 5,0 é equivalente a mais de 30 dessas bombas.

Já neste século, em 1976, a China foi atingida pelo segundo sismo mais mortífero de todos os tempos, em Tangshan, com número oficial de vítimas superior a 250 mil. Mas há estimativas que apontam para um valor mais elevado de mortos, superior a 600 mil. Curiosamente, este sismo também não foi dos maiores sempre, em magnitude (7,5) muito menos do que se calcula para o grande terramoto de Lisboa, em 1755, cuja magnitude é hoje avaliada entre 8,5 e 9,0. A catástrofe de Lisboa, em 1755, teve grande impacto no seu tempo, mas nem sequer está entre os dez sismos mais mortíferos da História. No actual século, em 2004, ocorreu a tragédia de Samatra, que matou 230 mil pessoas, sobretudo vitimadas pelo tsunami que se seguiu ao sismo. Pelo menos 1,7 milhões de pessoas ficaram sem casa e a onda afectou territórios distantes do epicentro, em várias zonas do Oceano Índico, da Índia ao Bangladesh, passando por Sri Lanka e Maldivas. O sismo de Samatra foi fortíssimo, de magnitude 9,1, o terceiro maior dos últimos cem anos. Também nesta década, destaque para o sismo paquistanês, de 2005, que matou 86 mil pessoas.

A devastação provocada nem sempre está ligada à magnitude. Nos últimos cem anos, houve apenas três sismos com magnitude superior a 9,0. Mas no sismo de 1952, em Kamchatka (9,1), na Rússia, não há sequer registo de vítimas. O recordista em magnitude continua a ser o de Valdívia, no Chile, em 1960, que atingiu uns espantosos 9,5 na escala de Richter, matando 1655 pessoas.

8. Quais as medidas que deve tomar em caso de sismo?

Se estiver num dos pisos superiores de um edifício, não se precipite para as escadas. Abrigue-se no vão de uma porta interior, nos cantos das salas ou debaixo de uma mesa ou cama. Nunca utilize elevadores. Mantenha-se afastado de janelas, espelhos e chaminés. Tenha cuidado com a queda de candeeiros, móveis ou outros objectos. Desligue o gás, a electricidade e a água. Não fume nem acenda fósforos ou isqueiros, pois pode haver fugas de gás ou curto-circuitos. Utilize lanternas a pilhas. Calce sapatos e proteja a cabeça e a cara com um casaco, uma manta, um capacete ou um objecto resistente e prepare agasalhos se o tempo o aconselhar. Verifique se há incêndios e tente apagá-los. Ligue o rádio e cumpra as recomendações que forem dadas. Limpe urgentemente os produtos inflamáveis que tenham sido derramados (álcool, tintas, etc). Se estiver no rés-do-chão e a rua for mais larga que a altura dos edifícios, saia de casa calmamente e caminhe para um local aberto, sempre pelo meio da rua. Se estiver na rua quando ocorrer o sismo, dirija-se para um local aberto, com calma e serenidade. Não corra nem vagueie pelas ruas. Enquanto durar o sismo, não vá para casa. Mantenha-se afastado dos edifícios, sobretudo dos velhos, altos ou isolados, dos postes de electricidade e outros objectos que lhe possam cair em cima. Afaste-se de taludes e muros que possam desabar. Se está num local com muitas pessoas (escola, sala de espectáculos, edifício de escritórios, fábrica ou estabelecimentos comerciais), não se precipite para as saídas. As escadas e portas são pontos que facilmente se enchem de escombros e podem ficar obstruídos por pessoas a tentar fugir. Fique dentro do edifício até o sismo cessar. Saia depois com calma tendo em atenção as paredes, chaminés, fios eléctricos, candeeiros e outros objectos que possam cair. Se conduzir um veículo, pare longe de edifícios, muros, taludes, postos e cabos de alta tensão e mantenha-se dentro da viatura. Se estiver junto ao litoral, fuja para uma zona alta (30 metros acima do nível do mar) e longe da costa, pois é possível ocorrer um tsunami. 

9. As casas em Portugal estão preparadas para resistir a sismos?

"A maioria das construções já terá resistência sísmica", afirma Ema Coelho, responsável do Núcleo de Engenharia Sísmica do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que se mostra "preocupada com as edificações anteriores a 1960". Segundo explicou ao DN, "só em 1960 é que passou a haver regulamentação específica para as novas construções terem resistência aos sismos. Em 1980 essa regulamentação foi reforçada, determinando que os edifícios têm de cumprir os requisitos para resistir aos sismos". No entanto, "não há a garantia de que a regulamentação seja cumprida a 100% pelos construtores. Nas grandes obras públicas, não há dúvida que sim. Na construção privada não se tem feito essa verificação, mas penso que seja cumprida", referiu. "As câmaras municipais têm técnicos e existem mecanismos para verificar se as construções, mesmo depois de concluídas, cumprem os requisitos de resistência sísmica. Mas não o fazem", diz a mesma responsável, defendendo que "é preciso reforçar a fiscalização". Considera que, "da parte do consumidor, também não há a preocupação de saber se a casa que vai comprar tem resistência sísmica ou não". Ema Coelho salientou que "a regulamentação portuguesa, em termos da resistência sísmica em edificações, até é das mais evoluídas da Europa. Se for cumprida, o risco de os imóveis colapsarem é muito menor e não haverá problemas de maior". Revelou que "está a ser preparada nova legislação nesta matéria e as autoridades responsáveis deveriam aproveitar a oportunidade para regulamentar a obrigatoriedade de reforçar a resistência sísmica nas construções mais antigas, principalmente nas zonas mais vulneráveis, como Lisboa e Algarve". Exemplifica que, "por vezes fazem-se obras para recuperar edifícios, mas não se dá resistência sísmica. Normalmente, só tapam rachas e pintam as fachadas dos prédios. Para dar resistência sísmica às construções antigas, basta consolidar as suas ligações (paredes, tectos e chão). Os custos nem são muito elevados". Por Daniel Lam

10. Há certificados e seguros obrigatórios para os prédios?

Não. Em Portugal, além da garantia do técnico que assina o projecto, não existe nenhuma certificação de que este cumpre as normas de construção anti-sísmica. E o seguro contra riscos sísmicos é facultativo. As normas mínimas de construção anti-sísmica estão definidas num Decreto Lei de 1983, o Regulamento de Segurança e Acções nas Estruturas de Edifícios e Pontes,  que estabelece requisitos diferentes de acordo com o risco da zona do País onde se vai construir. No entanto, para a maior parte dos projectos, com excepção das grandes obras públicas, é suficiente a assinatura de um técnico inscrito numa associação profissional. "Em teoria, os edifícios construídos depois dos anos 80 estão bem preparados para resistir a um sismo, mas não existe nenhuma certificação além da garantia do técnico que assina o projecto", explica João Azevedo, do departamento de Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico. "Devia haver um processo mais exigente de controlo de qualidade. Infelizmente, do meu ponto de vista, não há garantias suficientes. E infelizmente grande parte dos edifícios de Lisboa não tem qualidade", conclui. Isto sem falar nas construções anteriores aos anos 80, e na construção tradicional, em alvenaria, no Alentejo e Algarve, acrescenta. E até a construção da época pombalina, que recorreu a métodos inovadores depois do terremoto de 1755, já foi muitas vezes "abastardada". Por outro lado, "os seguros para o risco sísmico são facultativos, enquanto que para os incêndios são obrigatórios", diz João Azevedo. O engenheiro acredita que a cobertura contra sismos é reduzida no País.

11. Que planos de contingência existem?

O plano de emergência é elaborado de acordo com as directivas emanadas da Comissão Nacional de Protecção Civil e estabelece a tipificação dos riscos, as medidas de prevenção a adoptar, a identificação dos meios e recursos mobilizáveis, os critérios de mobilização e mecanismos de coordenação dos meios e recursos utilizáveis. O plano determina também a estrutura operacional que há-de garantir a unidade de direcção e o controlo permanente da situação, definindo as responsabilidades que incumbem aos organismos, serviços e estruturas com competências no domínio da protecção civil. Os planos são nacionais, regionais, distritais ou municipais e, consoante a sua finalidade, são gerais ou especiais. Os planos de emergência estão sujeitos a actualização periódica e devem ser objecto de exercícios frequentes com vista a testar a sua operacionalidade. O simulacro mais recente, destinado a testar o plano de emergência a aplicar a um sismo de 6,7 na escala de Richter, a seis quilómetros de Benavente, foi realizado em Maio, envolvendo a participação de meios de socorro e protecção civil estrangeiros. A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) tem desenvolvido actividades conducentes ao conhecimento do risco sísmico e à sua minimização, como a realização de exercícios, acções de informação e sensibilização de populações e instituições. Participa em missões de observação de sismos ocorridos em vários países para recolher ensinamentos e contribuiu para a montagem da rede sísmica LAPSIS. A ANPC destaca ainda o estudo das vulnerabilidades sísmicas de obras de arte (quatro viadutos do concelho de Lisboa), o Estudo do Risco Sísmico da Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes e o Estudo do Risco Sísmico e de Tsunamis do Algarve, lançado em 2006.

12. Como funciona o gabinete de crise e quem o compõe?

A Comissão Nacional de Protecção Civil reúne-se sempre que a gravidade da situação o justifique, sendo presidida pelo ministro da Administração Interna. Dela fazem parte os delegados dos ministros dos sectores da defesa, justiça, ambiente, economia, agricultura e florestas, obras públicas, transportes, comunicações, segurança social, saúde e investigação científica. Também integram a comissão o presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil, representantes da Associação Nacional de Municípios Portugueses e da Associação Nacional de Freguesias, da Liga dos Bombeiros Portugueses e da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais. Participam ainda representantes do Estado-Maior-General das Forças Armadas, da GNR, da PSP, da Polícia Judiciária, do Conselho Nacional de Planeamento Civil de Emergência, do Gabinete Coordenador de Segurança, da Autoridade Marítima, da Autoridade Aeronáutica e do INEM. Os Governos Regionais também podem participar nas reuniões da comissão. O presidente pode convidar para a reunião outras entidades que, pelas suas capacidades técnicas, científicas ou outras, possam ser relevantes para a tomada de decisões, no âmbito da protecção civil.

13. Como funciona a hierarquia do Estado?

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, não foi acordado pelas autoridades competentes porque não estava a dormir. O DN sabe que o ministro sentiu o sismo à 0.37 e depois recebeu, como sempre acontece nestas situações, as mensagens da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). Como não havia danos patrimoniais e/ou pessoais, o ministro não se viu obrigado a comunicar imediatamente a situação a outras figuras da hierarquia do Estado. Se o caso fosse o contrário, o MAI deveria informar outros responsáveis políticos.  Depois de informado, Rui Pereira entrou em contacto telefónico com o presidente da ANPC, general Arnaldo Cruz, e foi, já depois das 02.00, para a sede na tentativa de obter mais informações e de participar no briefing. Neste encontro participaram todos os membros da direcção da ANPC e ainda elementos da Unidade de Riscos e da Unidade de Planeamento de Emergência. Para além de Rui Pereira e de Arnaldo Cruz, o Comandante Operacional Nacional, Gil Martins, e o director nacional de Recursos e Protecção Civil, Gamito Carrilho, estiveram também presentes.Este é o procedimento normal numa situação como a que ocorreu ontem de madrugada, pelo que Rui Pereira, baseado em informações dos seus comandantes operacionais, não precisou de contactar de imediato o primeiro-ministro José Sócrates e o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.Quando ocorrem sismos a partir de uma certa intensidade, o ministro da Administração Interna e os outros responsáveis máximos da área da protecção civil recebem mensagens automáticas de aviso, o que neste caso só sucedeu depois de o próprio governante ter sentido o abalo sísmico. Neste caso, o ministro apercebeu-se do sismo à 01.37, recebeu a mensagem à 01.43 e chegou à sede da ANPC cerca das 02.15. Ou seja, o ministro demorou apenas 32 minutos a ficar ao comando das operações, o que também terá a ver com o facto de o ministro viver muito perto do centro nevrálgico de resposta a este tipo de casos. Quando os noticiários da manhã foram para o ar, Rui Pereira surgia já a fazer as primeiras declarações a partir justamente da sede das operações.

14. Quem estuda este fenómeno em Portugal?

A monitorização sísmica em Portugal é feita pelo Instituto de Meteorologia, através de redes de estações sísmicas, analógicas e digitais, instaladas no Continente e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Cerca de 7% dos funcionários do Instituto trabalham no departamento de sismologia, que gere uma rede de 14 estações sismológicas digitais e três digitais de banda larga (com transmissão de dados por satélite e por linha telefónica), para além de três estações analógicas (transmissão por rádio) instaladas na região da Grande Lisboa. Há ainda importantes centros universitários de investigação, como o Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa, ou o Centro Geofísico de Évora, que tem um grupo de 20 geofísicos com nove profissionais dedicados apenas à sismologia. O Instituto Superior Técnico também tem um centro de investigação importante, com muito trabalho na área da engenharia sísmica. A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e a Universidade de Aveiro têm investigadores que integraram recentemente uma equipa que esteve em Itália a avaliar a construção dos edifícios aquando do sismo de Áquila, em Abril. No caso da FEUP, a equipa de investigação sísmica foi chamada a intervir quando se deu um forte tremor de terra em Los Angeles, na primeira metade da década de 90.

15. Portugal ficou livre de um grande sismo depois do de ontem?

Não. O sismo de ontem não impede nem atrasa um terramoto como o de 1755, que pode acontecer amanhã ou daqui a 300 anos. O geólogo José Luís Zêzere, do Centro de Estudos Geográficos de Lisboa, explica que o sismo de ontem serviu para libertar a tensão acumulada num ponto, mas que Portugal está numa área muito complexa: o abalo libertou alguma tensão "da mesma forma que se retira um pouco de ar a um balão". E, usando a mesma imagem, acrescenta que "Portugal está numa área em que existem vários balões, que enchem a ritmos diferentes", conclui. Ou seja, vários pontos capazes de originar sismos, como as falhas do banco de Gorringe, a falha Marquês de Pombal, ao largo da costa alentejana ou a falha do Vale do Tejo. Para o geólogo António Ribeiro há ainda a possibilidade de a libertação de energia numa falha significar que se acumula tensão noutra. O especialista acrescenta que, "infelizmente ainda estamos muito longe de conseguir prever sismos ou de saber identificar quando um sismo é premonitório de outro maior". O terremoto de 1755, por exemplo, tem um período de retorno de cerca de mil anos, diz. Ou seja, é provável que aconteça um sismo daquela magnitude em cada período de mil anos. E essa probabilidade não é influenciada pelos pequenos sismos, conclui. Por isso, um abalo como o que destruiu Lisboa no século XVIII pode acontecer amanhã, daqui a 10 anos, ou daqui a 100. Para o geofísico Luís Matias, do Instituto de Meteorologia (IM), é preciso explicar que um grau de diferença, na escala de Richter, corresponde a 30 vezes mais energia libertada e que o aumento é exponencial. Ou seja, dois graus de diferença corresponde a uma quantidade de energia 900 vezes maior. Assim, seriam necessários "muitos sismos de magnitude 6.0 para atrasar ou evitar um abalo mais intenso", conclui o geofísico.